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Aqui exponho meus textos e trabalhos (acadêmicos e voluntários). Divulgo-os com a intenção de compartilhar o conhecimento que tenho adquirido durante o curso de Letras.

domingo, 19 de julho de 2009

MTC - ARTIGO DE OPINIÃO

SISTEMA SOCIAL INJUSTO

O filme Crash - No limite, de Paul Haggis (2005), é bastante complexo, e enquadra diferentes questões sociais polêmicas, das quais ficam evidentes: o racismo; a razão; o dilema e a dupla face do preconceito e da discriminação; a influência, boa ou ruim, que alguém pode impor à vida de outra pessoa; o fato de que ninguém é absolutamente bom ou ruim; as reviravoltas que as pessoas passam em suas vidas.
O filme mostra como as pessoas discriminam, e são discriminadas, pela cor da pele, origem ou classe social. E como este fato pode chegar ao extremo, trazendo prejuízos, muitas vezes, injustamente e irreparáveis. Diante de opiniões e visões diferentes, cada um sobrepõe à razão do outro. Embora a discriminação seja uma realidade, há ainda o fato de que as pessoas podem se sentir discriminadas, mas nem sempre é isto o que acontece, às vezes, é a própria pessoa que está se inferiorizando diante das outras. Retrata ainda, como cada um pode ter atitudes boas ou más, dependendo da situação em que se encontra. O filme relata como seres humanos, ora se encontram certos, justos, bondosos e felizes, de repente, acometidos por algum acontecimento, podem se tornar errados, injustos, infelizes e até criminosos. Atitudes maldosas, impensadas ou equivocadas, podem influenciar, inclusive, a vida de estranhos que coincidentemente cruzam seus caminhos, causando-lhe graves danos. Da mesma maneira, atitudes generosas em relação ao próximo, podem até salvar uma vida.
O texto de Aranha e Martins (2005), aborda e define questões como: discriminação, preconceito e racismo. Definindo-os como o processo que representa a intolerância ao diferente, dando-lhe a estigma de inferior e até perigoso ou criminoso, chegando a não reconhecer por igual seus direitos perante a sociedade.
Segundo as autoras (2005), existem várias formas de discriminação, onde os maiores beneficiados são os homens, brancos, ricos e adultos. Essa classe encontra-se no topo da hierarquia, sendo mais poderosa que as demais, usufruindo vantagens, que nem sempre são cabíveis. Assim, são considerados superiores às outras raças (negros, índios, migrantes), aos outros gêneros sexuais (mulheres, homossexuais), às outras classes sociais (média e baixa) e, finalmente, às crianças e idosos.
Analisando estes fatos, notamos que, qualquer um de nós, em uma determinada situação, podemos proceder de maneira incoerente, cometendo um erro, que pode ser irreversível. Concluímos que, a sociedade enquadra as pessoas em uma determinada classe, distintas a partir de suas características externas. São desconsideráveis: comportamento, postura, pudor, propósitos, atitudes, honestidade, capacidade, integridade moral, espírito de justiça e direitos. Assim, a sociedade está doente, todos julgam e são julgados o tempo todo pelas aparências, enquanto os verdadeiros valores estão esquecidos e abandonados. Todos nós estamos sujeitos às injustiças deste sistema por que ninguém é capaz de enquadrar em tantos padrões impostos. Portanto, a verdadeira definição de quem somos fica comprometida, pois não podemos mudar nossa cor, origem, sexo ou idade.


REFERÊNCIAS

CRASH – No limite. Direção de Paul Haggis. Los Angeles: Lions Gate, 2005. DVD.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Violência e concórdia. In: Temas de filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2005. p. 280-295.

PRIMEIRO PERÍODO - 2008

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